A importância da usabilidade de um website é inegável. Os utilizadores devem ter facilidade de acesso às páginas com o conteúdo que procuram através de uma navegação intuitiva, sem que lhe seja necessário explicar o caminho a seguir.
Existem algumas dicas fáceis de implementar para garantir que os visitantes do seu website não se sintam “perdidos” quando acedem, quer seja a primeira experiência ou um regresso.
O que é a usabilidade do website
Usabilidade é definida como a facilidade de utilização de um sistema. Quando aplicada aos websites, pode resumir-se como a disciplina que estuda o que o utilizador faz e o modo como o faz, o que irá permitir tornar a tarefa de navegação mais fácil e intuitiva, através da redução do esforço cognitivo e remoção de obstáculos. O objetivo final é criar uma boa experiência de utilização e um sentimento positivo.
Usabilidade é um conceito intimamente ligado à Ergonomia, definida como a disciplina científica que estuda capacidades, limitações e aspetos cognitivos dos seres humanos. É um dos principais fatores estudados por especialistas de UX – User Experience, tema já explorado neste artigo.
Para que a experiência do utilizador seja positiva, os resultados de pesquisas e testes realizados no âmbito dos estudos de UX são fundamentais para o trabalho desenvolvido em UI – User Interface, que representa o aspeto mais ligado ao design de sistemas e apresentação de informação. É o resultado da interligação destas duas categorias que vai proporcionar ao utilizador a navegação simplificada e o sentimento de satisfação desejado pelas marcas.
4 dicas de usabilidade a implementar no seu website
Por norma, o estudo de usabilidade deve ser feito aquando da construção de um website, para que obtenha um bom desempenho desde o início. Contudo, os websites não são espaços online estanques e inalteráveis. Pelo contrário, devem ser frequentemente atualizados e as boas práticas em vigor devem ser implementadas assim que possível.
Se já tem um website ativo e disponível ao público, não há qualquer problema. Estas ferramentas digitais podem e devem ser relançadas, o que pode inclusivamente ser o ponto de partida para uma campanha de marketing, focada na divulgação da sua “nova e melhorada” presença digital.
Deixamos assim 4 dicas de usabilidade fundamentais para qualquer website:
1. Arquitetura de Informação clara
Ao pensar e desenhar o seu novo website, deve em primeiro lugar elencar toda a informação que deseja incluir neste espaço digital. Esses conteúdos podem ir desde a história, organização, missão e valores da empresa, até aos produtos, serviços ou outras ofertas da empresa.
Estes dados devem em seguida ser organizados da melhor forma, para que o cliente saiba onde encontrar o que procura. Assim, é necessário conceder uma estrutura lógica ao website, que não só inclua o nome claro para cada separador, como defina o que será uma página principal, uma subpágina ou mesmo uma página acessória.
Por fim, deve ser desenhado o mapa de interligações e links entre páginas, por forma a estudar as possibilidades de navegação dentro do website que são prováveis e desejáveis, consoante os objetivos definidos para esta ferramenta.
2. Menu simples e intuitivo
Todos os websites devem ter um menu acessível e simplificado em todas as páginas, que contenha apenas as grandes categorias de páginas principais e que demonstre claramente que tipo de informação se irá encontrar em cada uma, eliminando assim todo o ruído e complicação.
O utilizador que chega pela primeira vez ao seu website deve ser capaz de chegar à informação desejada com facilidade, ou mesmo navegar por todas as páginas de forma rápida e intuitiva.
Em adição, o menu deve ser visível em todas as páginas, normalmente através de um espaço fixo no topo, por forma a que o visitante possa aceder a qualquer outra através de um simples clique.
Por norma, é prática comum o menu incluir o logótipo ou nome da empresa, que é um bloco clicável e contém o link direto para a página de início do website. Este pode estar à esquerda ou à direita das restantes categorias disponíveis no menu.
As restantes páginas principais devem ter nomes óbvios e autoexplicativos, e podem estar organizadas de acordo com o estudo do que são os conteúdos mais procurados pelos visitantes daquela marca.
Por exemplo, se os seus produtos são a principal razão da visita dos seus clientes ao website, esta deverá ser a primeira categoria em destaque. Se, por outro lado, quem visita a sua página procura mais informações sobre a sua empresa, poderá considerar colocar em primeiro lugar o clássico “sobre nós” ou “a empresa”.
3. Ergonomia e Estrutura de Página consistente
A informação deve ser disponibilizada de uma forma intuitiva e semelhante em todas as páginas. Os elementos de conteúdo devem ser apresentados com consistência, para não criar estranheza na navegação entre páginas.
As páginas devem ter uma estrutura ergonómica que facilite a leitura de informação e as ações do utilizador, evitando erros de perceção ou ação. Esta apresentação deve ter em conta o dispositivo em que o visitante acede, ou seja, deve ser responsivo para dispositivos móveis e idealmente mobile-first.
4. Experiência de Utilização positiva
Uma experiência de utilização positiva depende de vários fatores, todos eles estudados pela ciência de UX. Entre os aspetos fundamentais estão a perceção do utilizador sobre:
a) as linhas de design: se é agradável, consistente e de acordo com a “voz” e personalidade da marca (por exemplo, uma empresa predominantemente institucional dificilmente poderá utilizar cores berrantes, como um rosa-choque ou amarelo fluorescente);
b) a utilidade: se responde às suas necessidades e preocupações (aceder a um website à procura de uma informação específica e não a encontrar é uma das experiências mais frustrantes e negativas que o utilizador poderá ter);
c) a facilidade de uso: se é de navegação simples e arquitetura de informação clara (já mencionada nos tópicos 1 e 2);
d) a eficiência: se o sistema responde rapidamente aos pedidos do utilizador (tempos de carregamento de página superiores a 2 segundos são um dos grandes motivos de abandono de websites por parte dos visitantes).
Um dos pontos mais estudados por UX é o desenho de botões Call-to-Action (CTA), uma vez que estes elementos compõem muitas vezes o local onde é pedida uma determinada ação ao visitante.
Aplicando os aspetos anteriormente referidos a este exemplo, o botão deve:
a) ter um design apelativo, sem ser disruptivo, para que o utilizador não sinta, por um lado, pressão para carregar sem o desejar e, por outro, medo de incorrer numa ação sem retorno ou indesejável;
b) ter um texto claro que indique o que irá acontecer ao clicar, sabendo assim qual a reação que resulta da sua ação e se esta corresponde ao que pretende;
c) ter uma área de clique ampla, que não dificulte a ação e esteja adaptável a dispositivos móveis, onde os conteúdos são por norma mais pequenos;
d) ter um link funcional e um tempo de carregamento do resultado muito rápido.
A criação de um website pode ser um processo complexo, e a atualização é sem dúvida um trabalho contínuo. Existem inúmeros fatores que devem ser tidos em conta, desde aspetos de usabilidade até a pontos mais técnicos da construção do backoffice.
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